Se Arthur Moreira Lima se elegesse prefeito de Senador Canedo por indicação do senador Vanderlan Cardoso seria mais um filho sem pai na nossa política local
Não; eu não votaria no Arthur Moreira Lima para prefeito de Senador Canedo por indicação do senador Vanderlan. Eu voto no Pellozo. Mas nunca é demais deixar claro uma coisa aqui – nada a ver com o Arthur: o senador Vanderlan é pleno como empresário, como gestor público, e ninguém tira isso dele; mas como político é um desastre. Primeiro que não gosta de ouvir ninguém. Razão pela qual o ele não tem um grupo político que lhe siga as orientações; seguidor inteligente de suas ideias em Senador Canedo ou mesmo no próprio Estado Goiás, até porque o senador Vanderlan Cardoso não é um pensador político/ ele é um forte militante, pensador, não. Aliás, o pr. Alaci Vieira Cândido, o tio, tentou formar um grupo político que lhe desse suporte aqui no Canedo e fora dele, mas ele não quis e ‘correu’ com o homem daqui. Quem seria o pai político e que valia teria para nós o Arthur Moreira Lima se o senador nunca gerou ninguém como filho político até hoje, aqui? Ou estou totalmente equivocado?
FILHOS SEM PAI – Vejam: todas as pessoas colocadas na política por ele, em Senador Canedo, não lhe deram frutos políticos como filhos gerados por um pai político: Rafael Gonzaga, Marcelita Manze, Hamilton Vicente, Misael Oliveira, Daniel Cardoso, e, por último o próprio Fernando Pellozo. Um dia ele me pediu que me filiasse no PSC pra que eu saísse candidato a vereador, mas o Rafael Gonzaga – muito poderoso na época – reprovou a iniciativa. Portanto, se se candidatar a prefeito por indicação do senador e chegasse a se eleger prefeito, Arthur Moreira Lima seria apenas mais um filho sem pai (e nem mãe) em nossa política local. Esperar o quê dele?
ELEITO NA ‘BRECHA SANTA’ — Portanto, hoje, o senador Vanderlan Cardoso não articula nenhum grupo político que lhe sirva de base para o lançamento de qualquer projeto político-eleitoral por ai. Por ser muito rico e poderoso, ele acredita que o dinheiro ganha eleição. Não. O dinheiro pode até comprar uma eleição. Coisa que eu sei o senador jamais faria! Agora, o Arthur ‘está de olho na butique dela’. Vanderlan ganhou para o senado em 2018, porque o ex-governador Marconi Perillo foi ‘abatido em pleno voo’ por uma preventiva em 10 de outubro de 2018, acusado de haver recebido R$ 12 milhões de propina da Odebrecht, e vai preso, em cuja brecha ‘SANTA’ deixada pelo ex-governador entra o empresário e se elege para o Senado Federal, e agora vai até 2026.
O CONHECIDO QUE NOS DESCONHECE – Por isso que, para mim pessoalmente, pelo carinho e respeito que sempre tive e vou ter sempre pelo senador – depois de ter passado meus piores momentos como repórter ao lado dele quando foi prefeito -, sob as críticas e ciúmes do jorn. Alexandre Braga para quem eu era o maior puxa saco do Vanderlan, chegando inclusive a escrever um texto sem assinatura, portanto, apócrifo – mas eu descobrir que era dele -, reproduzindo uma frase que, de acordo com Alexandre, seria de autoria do próprio Vanderlan, sobre mim: “Eu tenho nojo desse puxa-saquismo do Bené”. Foi ai que classifiquei o senador como o “desconhecido que uma vez conhecido facilmente nos desconhece”.
‘A INDICAÇÃO APOSTÓLICA’ – O empresário Vanderlan Cardoso me era um desconhecido que tivemos o prazer de conhecer, e hoje ele nos desconhece. Aliás, quem me falou dele, ao saber que eu morava em Senador Canedo (1993), e mo indicou como alguém que eu deveria procurar conhecer, e me tornar um conhecido dele, foi o ‘Ap’ Sinomar Silveira da Igreja Luz Para os Povos, meu ex-colega de Seminário, em Anápolis. Na época, eu era repórter da Rádio Brasil Central de Goiânia/TBC, trabalhando ao lado do saudoso governador Íris Rezende Machado.
NOSSO CORPORATIVISMO – Um dia o empresário Vanderlan Cardoso me recebeu na CICOPAL e conversamos muito, quando ele me disse que detestava política… Talvez tenha sido esse o motivo que Itamar Silvestre, ex-servidor do hoje senador na CICOPAL por anos a fio, não o introduziu na política canedense. Vanderlan admirava muito o Vicente Tequinha. Voltamos a nos ver novamente quando o empresário presidiu a ACIASC – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Senador Canedo, onde fez uma revolução gerencial. O empresariado local – comércio e indústria – se filiou em massa ao novo projeto e centro nevrálgico do nosso corporativismo.
Por: Benedito Corrêa