“Hoje, aqui, tem bricolagem, e é um dia em favor da autoestima”, explica a pedagoga e professora Lucirlene Rodrigues de Oliveira
Teria sido como que uma altruísta proclamação se não fosse um dia normal de trabalho na vida da professora Lucirlene Rodrigues de Oliveira (Lu), 54, logo cedo da manhã, às 7h, na sede da GCM, no Conjunto Uirapuru, quando nascia o sol desta quarta-feira (26/10) de outubro
A professora Lucirlene convidou o Folha Popular (FP) para presenciar o trabalho de bricolagem – também um “dia em favor da autoestima” – em sua primeira atividade do dia com os 23 integrantes da Guarda Mirim, crianças entre 8 e 14 anos. Um trabalho pedagógico, de acordo com a professora, que tem a finalidade de transformar a autoestima de cada aluno num instrumento de superação de dificuldades pessoais e interpessoais, como o bullying (assédio moral), por exemplo,
na família, na escola e, claro, na própria GCM, por que não?
Lucirlene disse que ela ensina, ali, o que sempre quis numa abordagem onde entram valores morais como “harmonia, cidadania, carinho, amor e respeito ao próximo, porque faz parte de sua autoestima dizer pra eles que “ser diferente é ser especial, é ser bonito, é ser gente como qualquer outra pessoa, independentemente da raça, cor ou credo da pessoa”. Há 9 meses a professora faz esse trabalho com essa gente pequena que significa muito para o futuro.
Na ordem um trabalho de bricolagem com a Guarda Mirim – era isso, a saber, galhos secos de ipê trazidos do cerrado para que a turminha trabalhasse a montagem de uma bela paisagem, reproduzindo o natural da vida dos “ipês floridos”, simbolizando ângulos com que a gente olha para cada situação da vida. “Agora a gente vai olhar para esses ipês de maneira diferente e ver neles as cores de nosso cerrado vivo. É assim que eu vou trabalhar com eles hoje”, disse, acrescentando que era preciso lembrar, também, do apoio que a comandante da GCM, Marta Damásio para que tudo isso pudesse ser feito.
Além dos trabalhos que dão vida à natureza morta, Lucirlene fez questão de lembrar do trabalho concernente às carreiras futuras dos GCMs Mirim, ou seja, carreiras que deverão abraçar no futuro e que não pode faltar ali o incentivo de sua parte, pois muitos deles querem e, naturalmente vão ser alguma coisa na vida: jogadores de futebol, políticos, médicos, advogados, militares, policiais, professores, enfim, vão correr atrás de uma coisa para fazer na vida, pois ninguém, ali, acha que ficar sem uma profissão seja um bom futuro para qualquer pessoa.
Texto: Benedito Corrêa
Fotos: Lucirlene Rodrigues de Oliveira