Uma cidade que não avançou no assentamento industrial nos últimos quatro anos está devendo para si mesma
Por Benedito Corrêa
A minha participação na campanha do ex-prefeito Divino Lemes – como candidato a vereador pelo PSDB, do vereador Vilmar Lima, foi como que carregar uma cruz sem salvar ninguém, não apenas para dizer que não tive condições de ter uma participação digna, por falta de recursos financeiros, como também não tive uma participado ativa ao lado do ex-prefeito, como teria sido o ideal, e isto por motivos óbvios de uma relação política inexistente entre mim ele, onde nunca faltou de minha parte foi o respeito devido á pessoa do homem Divino Lemes, ainda que discorde, como sempre discordei, do seu modus operandi centralizador de governar. Jamais o chamei de “prefeitinho”!
Ou seja, na campanha de 2020 a prefeito, acabei não sendo útil como gostaria, nem para o Divino e nem para o Pellozo, ainda que achasse oportuna a proposta de mudança, porque assim como a grande maioria do povo canedenses, a alternância no poder local era o melhor caminho, pois, todos sabiam que o município precisava de um novo rumo que tivesse condições de tirar a cidade de uma prática política arcaica, exaurida, que deixou de convencer a todos nós, visto que, dos quatro mandatos concedidos ao ex-prefeito, ele não conseguiu revelar o gestor que Senador Canedo sempre esperou dele, e pagar esse débito para a cidade.
Por que me oporia a isso?
Vale deixar claro, aqui, em razão o que já foi dito que, meus questionamentos como comentarista político, nunca estiveram voltados para a pessoa do homem Divino Lemes, como alguém da família dissera que eu tinha algo contra os Lemes. Nunca vi algo tão grosseiro e improcedente. O que coloquei em meus artigos foi e sempre será o político e administrador Divino Lemes. Até porque nem sei se no futuro a cidade estará nas mãos dele de novo, ou de um novo Lemes, como o Daniel ou o próprio Divino Filho? Por que me oporia a isso? Se se ativerem com as mesmas características do pai, a sociedade que decida se deseja ou não a sua permanência no poder?
Sem um fórum de debate
Agora, como o nosso jornalismo é de pura sobrevivência e o pior: precisamos que os de fora venham nos ensinar a fazer comunicação, inclusive com o respaldo da falta de confiança que os nossos políticos têm em nós, fica a cidade sem um debate político e maduro, se debatendo num vazio desesperado de nossas ambições, porque os de fora, ainda que sejam jornalistas e saibam escrever bem, não conhecem a cidade e muito menos a alma do nosso povo. Ou seja, não temos um fórum de debate na Associação Comercial e Industrial do município, e, esse mesmo fórum que poderia ser a Associação Canedense de Imprensa (ACI) inexiste, e se agente cobrar alguma coisa, pode preparar os ouvidos…
A indústria deixou de avançarAgora, finalizo dizendo que, ainda que eu não tenha, por circunstâncias pessoais e ocasionais, ajudado a fazer esse governo Fernando Pellozo, como um ser político que sou, quero ajudar a mantê-lo até aonde e quando eu puder. Acho que a cidade que vi ser transformada entre os anos de 2005 e 2012 perdeu em sua qualidade de vida, tendo como referencial, nisso, o assentamento industrial que deixou de avançar, e Senador Canedo passou a ficar devendo para si mesmo: ao invés de mais significado foi dessignificado! Uma cidade que, se não me engano, possui cerca de sete polos industriais? Isso porque o meu papel aqui não pode ser apenas ‘comer e dar a descarga!’