Presidente que tem juízo, Câmara que pensa

‘Não apenas pelo atendimento aos vereadores, mas vou fazer a nova sede da Câmara onde tenha espaços e acomodações dignos para atender á nossa população, explica Carpegiane Silvestre

TRABALHANDO EM PEQUENOS ESPAÇOS – O presidente da Câmara Municipal de Senador, Carpegiane Silvestre, 36, assumiu o Poder em 1º de janeiro de 2021, depois de ter sido presidente substituto, com um enorme desejo de deixar a sua marca, aliás, diga-se de passagem, uma boa marca com tentáculos apontados para um futuro bastante promissor para todos os canedenses. Com a lupa de seu jovem entendimento, Silvestre explica que assim que assumiu o cargo percebeu logo de cara que era chegado o momento de investir na nova sede da Casa, pois a atual ‘moradia’ não possui espaços e nem acomodações dignos pra recebe ninguém: são gabinetes pequenos, apertados, onde não cabe – sequer, três pessoas, a exemplo do próprio gabinete do próprio presidente da Câmara.

NA MARCA DO PÊNALTI – Quanto aos problemas para resolver logo de início de sua gestão e a ‘bola na marca do pênalti’ para ele chutar a gol sem o goleiro, Silvestre disse que aproveitou muito da experiência das vezes que presidiu a Casa, e que a estrutura física da Câmara é um de seus maiores desafios. “Antes”, disse, “eram 13 vereadores, agora são 15”. Para acomodar servidores nos primeiros dias de trabalho Carpegiane disse que teve que fazer um remanejamento para um container. De acordo com ele, o atendimento à população foi sempre uma de suas principais preocupações. Informou que vai buscar parcerias com o prefeito e com o senador para conseguir recursos para essa obra. Quanto ao ex-presidente Reinaldo Alves dos Santos ter ‘deixado a bola na marca do pênalti’, Carpegiani disse que o Reinaldo foi sempre um grande companheiro, que realizou um excelente trabalho, deixando a Câmara em perfeitas condições de trabalho para o seu sucessor’.

SEM MISTURAR AS COISAS – Sobre suas relações com o prefeito Fernando Pellozo, hoje sem a maioria ideal para governar – 3 X 12 parlamentares -, Carpegiane Silvestre disse que tem procurado andar em harmonia com a nova gestão, porque quem ganha com isso é a cidade. “Brigas, discussões e desentendimentos não vão ajudar em nada”, alertou. Explicou ainda que a gestão passada não deixou caminhos fáceis para o atual prefeito, mas às vezes o que tem faltado ao novo prefeito “são habilidades para lidar com certas situações políticas, que em Senador Canedo não faltam pra ninguém, mas no que depender mim, ainda que eu fosse de oposição, não seria um entrave, em nada, para a minha cidade, porque eu não consigo misturar as coisas”.

PROJETOS REJEITADOS – Quanto aos dois projetos de autoria do Executivo rejeitados na 6ª sessão da Câmara, o que faltou para a sua aprovação, de acordo com o presidente da Câmara, foi conhecimento e habilidade para o encaminhamento dos temas propostos. Um – o de nº 003 -, é “relacionado ao plano de cobertura do Instituto de Assistência Médica dos Servidores de Senador Canedo (Iamesc), o que implicaria na retirada de direitos de uma servidora de carreira realizar uma cirurgia de alta complexidade, avaliada em R$ 140.000,00, e que é segurada; o segundo projeto, de Nº 003, revogava a Lei Municipal Nº 1.109, retornando o nome das unidades de atendimento de ‘Ligeirinho’ para ‘Ganha Tempo’ – Sistema de Serviços Municipais rejeitado por nove vereadores”.

EU VOU COMEÇAR SIM – Carpegiane comentou a rejeição dos dois primeiros projetos enviados pelo Executivo, dizendo que nesse caso houve certo despreparo da parte do prefeito, que a seu ver devia neste momento cuidar mais da demanda de saúde e de infraestrutura – conclusão do esgoto sanitário, aparelhar melhor nossos polos industriais e trazer mais empresas pra S. Canedo, visto tratar-se de uma cidade que tem muito a crescer, e que pela sua arrecadação do ICMS, “muita gente boa deste pais gostaria de ser o prefeito (a) daqui”. Falou também sobre um projeto apresentado por ele recentemente com o objetivo de reter na Casa a sobra mensal do Duodécimo que a prefeitura repassa para a Câmara, como forma de já começar a formar um caixa para a construção da nova sede do Legislativo municipal. “É difícil começar, mas eu vou economizar e dar início à nossa nova sede da Câmara, porque fazer isso é para um presidente que tem juízo e uma Câmara que pensa”, avaliou Carpegiane.

QUEM MORA AQUI VAI GASTAR AQUI – “Eu não acredito Nessa história de quatro prefeitos aqui, porque se fosse o Vanderlan que estivesse mandato e não o Pellozo, muitos dos fatos que estão acontecendo não estariam ocorrendo. O Vanderlan, que vejo como o melhor prefeito que S. Canedo já teve – o Pellozo não entra nessa avaliação, pois ainda está começando –, com a experiência que ele tem, a coisa estaria em outro patamar, pois acredito que um prefeito para superar o Vanderlan vai ter que trabalhar muito. Até porque eu espero que um dia chegue um prefeito melhor do que ele. Portanto, é o próprio Pellozo quem está conduzindo, mas infelizmente está conduzindo mal. Agora, ele tem que rever isso, porque eu acho que é preciso dar mais oportunidade para os canedenses, onde temos muita gente com curso superior, e essa gente poderia ser bem aproveitada com empregos nesse combate à pandemia. Não que eu tenha alguma coisa contra quem vem de fora buscar um trabalho, mas há muita gente que paga seus impostos aqui e é capaz de realizar um ótimo trabalho pela sua cidade. É uma questão de dar uma oportunidade pra quem mora aqui, que, recebendo aqui, vai gastar aqui”, observa.

É DIFÍCIL APARECER UM – O presidente Carpegiani Silvestre disse ainda que nessa questão do aproveitamento do homem canedense no governo municipal, o ex-prefeito Divino Lemes pecou muito. “O Divino é um excelente costurador político, mas administrativamente ele é fraco. Ele errou demais, principalmente quando deixou a ex-primeira-dama Laudeni Lemes interferir nalgumas coisas, e isso acabou levando-o à derrota dele. Mas para lidar com os vereadores, com os políticos, com as lideranças, ou mesmo com a própria população, o Divino ‘joga bem’. Faltou nele o homem administrativo, porque hoje é difícil aparecer um sujeito (a) que seja político e administrador tudo ao mesmo tempo, e, quando aparece, a gente tem que segurar igual jogador de futebol – não é sempre que aparece um que seja bom, e a política moderna precisa dos dois”, enfatizou.

PARENTES POLÍTICOS – Carpegiane concluiu dizendo que não se preocupa com as críticas, porque uma vez ocupando um cargo público o agente público está sempre sujeito a isso, até porque como filho de político e irmão de político, seria difícil não ser alvo de críticas, mas garantiu que não perde noite de sono por causa disso. “Não gosto de ficar debatendo, mas sei perfeitamente como trabalhar com esse tipo de material na vida pública. Sobre se tem o sonho – num futuro ‘bem longe’ – de ser prefeito de sua cidade um dia, o presidente disse que inclusive por ser de uma família de políticos, não teria como negar isso, porque é, a seu ver, a coisa mais natural um filho de sua cidade não querer governar essa cidade um dia. Mas nesse caso nada de açodamento! O tempo vai ter todo o tempo da nos dar essa resposta que eu não gostaria de dar agora, e que presidente que tem juízo é a Câmara que pensa”, ponderou.

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