Jornalista escreve sobre a inauguração de colégio, mas quem emite a opinião sobre a importância da obra para a população não é o vice-governador Daniel Vilela e sim o próprio jornalista

O papel do jornalismo sempre foi formar opinião na cabeça de seu público e, principalmente quando este profissional tem opinião de sobra para a ajudar o seu leitor na formação de uma determinada a opinião a respeito de fatos dentro do que chamamos ‘factual’ da notícia

Eu recebi e li a matéria a mim enviada pelo jornalista Alexandre Braga, que também é presidente do MDB municipal, sobre a inauguração do Colégio Estadual João Carneiro dos Santos, no Morada do Morro, nesta segunda-feira, 30/01, mas quem falou sobre a inauguração da obra – numa matéria sem a assinatura do jornalista que a produziu (?) – foi o Alexandre e não o vice-governador Daniel Vilela na condição de representante do governador Ronaldo Caiado… Ou essa fala do jornalista ocorre numa entrevista feita pelo jornal Goiás Notícia?

Ou seja, ler a opinião do Daniel Vilela seria bem mais pertinente, sensato e político do que a opinião do jornalista Alexandre Braga, que no evento, ao que tudo indica, não representou nem o próprio Jornal dele – o Diário do Estado (DE). No lead da matéria aparece repetitivamente a palavra ‘empresário’ por duas vezes:

– Na primeira vez diz que ele lidera na cidade um grupo oposicionista ao prefeito Fernando Pellozo, que devia ser “um grupo que faz oposição”; e, na segunda vez fala que o Braga é: 1) é empresário da área de Comunicação; 2) presidente do MBD do município; e, 3) fala sobre a entrega da obra, quando quem devia ter a falado era vice-governador Daniel Vilela sobre a importância da obra pra uma gente que há 30 anos aguardava por esse benefício. Ou eu estou fazendo jornalismo “rococó”?

Impessoalidade

Ou a finalidade da matéria era outra, ou seja, mostrar que o jornalista Alexandre Braga é empresário da área da comunicação, presidente do MDB municipal que ‘lidera um grupo oposicionista ao prefeito Fernando Pellozo’? Se a gente fica devendo para o próprio jornalismo do qual somos profissionais e dignos representes, agora imaginem uma prefeitura como a de Senador Canedo nas mãos de nós outros, hein? Não estranhem a impessoalidade desta ou nesta nossa conclusão…

Por Benedito Corrêa